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Poesia: deleite-se ou delete-me (07.10.16).

Poesia: deleite-se ou delete-me (07.10.16).

Dali

Fonte: httpswww.facebook.comdalidaqui (enviada pelo Beto! Obrigado a ele).

Maraãvilhosos,

Histórias de Maraã!

Hoje é aniversário de uma pessoa amiga, Lene Vaz Velozo, que nem tinha nascido quando aconteceu a história abaixo envolvendo seus pais.

Parabéns à Lene, que poderia nem ter nascido, caso eu e meus amiguinhos tivéssemos realizado nosso projeto.

Me disse a Lene que seus pais se casaram em 09.07.66. Se foi nesse ano que eles foram para o Bom Futuro eu tinha 6 anos de idade! Mas creio que tinha uns 7!

Ocorreu assim:

Menininhos taradinhos”.

Morava ainda Bom futuro, tinha, portanto, cerca de sete ou oito anos de idade, quando lá chegou o casal recém casado Walmique de Moraes e Ednelza Vaz de Moraes, vindos ao Auati-Paraná (rio que liga o rio Solimões ao rio Japurá), creio que área pertencente ao Município de Fonte Boa!

O varão (como se dizia antigamente!) veio para trabalhar na construção de um barco, já que era um carpinteiro de primeira linha, embora a perfeição o consumisse e tornasse demorado por demais os seus trabalhos.

Ednelza, a varoa (feminino de varão, kkkkk) era muito bonita.

O casal, mesmo recém casado, brigava muito. Nunca vimos, mas presumíamos que trocavam safanões. A causa, só ela, que ainda vive, e Deus sabem, pois Walmique já nos deixou.

Um dia, eu e outros meninos quase da mesma minha idade, estávamos traçando um plano para matar o esposo e ficar com a mulher dele!

Walmique ouviu as tratativas sobre sua morte e ficou impressionado! O medo era tanto que, sempre que ele estava trabalhando ficava, constantemente, olhando para trás e para os lados para ver se não estávamos de tocaia ou nos aproximávamos às escondidas, traiçoeiramente.

Papai tentou acalmá-lo, mas ele resistiu!

Creio que nosso projeto incentivou o casal, especialmente a vítima Walmique, a mudarem-se para a sede do Município de Maraã.

Ficou a saudade de Ednelza que foi curada pelo tempo, esse solvente de todas as cores da vida!

Muitos anos depois, já em Manaus, para onde a família mudou-se, encontrei a filha do casal, a qual tinha conhecido ainda de “calcinha”, como se diz, em Maraã. É uma cópia da mãe quando jovem. Tentei me enxerir para o lado dela, mas ela não me deu bola!”.

(FIM).

Abraços,

Osório

POEMEMOS:

 (Escre)ver-me

nunca escrevi

sou

apenas um tradutor de silêncios

a vida

tatuou-me os olhos

janelas

em que me transcrevo e apago

sou

um soldado

que se apaixona

pelo inimigo que vai matar

Autor: Mia Couto, “Poemas escolhidos”, Cia das Letras, p. 111.

 

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