(Foto enviada por Beto Zabrockis – obrigado a ele. Quem me achar na foto e disse o motivo ganha um prêmio).
Que é a sabedoria? A Enciclopédia Britânica define a sabedoria: a soma da cultura intelectual dos séculos. Em grego, a palavra "filosofia" significa "o amor à sabedoria". Mais adequadamente talvez, podemos definir a sabedoria: o ponto de encontro entre o saber teórico e o saber prático.
A sabedoria procede da cultura, mas visa à ação. Um homem pode possuir todos os conhecimentos — e viver irracionalmente. A sabedoria inclui, ao contrário, a arte de viver.
Diz um provérbio árabe: "O vento da adversidade nunca sopra no reino da sabedoria." Pois o sábio, conhecendo os homens e a vida, sabe o que deles esperar e nunca é decepcionado. Sabe também prever e evitar as infelicidades, como sabe aceitá-las com serenidade quando são inevitáveis.
A sabedoria não é igualmente repartida entre todos os homens e todos os povos.
Dois elementos a determinam: um dom natural com que o destino favorece certos indivíduos e certos povos — e o tempo, que amadurece os homens como amadurece as colheitas.
Autor: Mansour Challita, As mais belas páginas da literatura árabe, Associação Cultural Internacional Gibran, Petrópolis-RJ, 1973, p. 4.
Abraços,
Osório
POEMEMOS:
“Quando ela tarda a chegar,
Passo minha noite fazendo companhia à lua
E vejo na claridade desta
O reflexo de sua própria luz.
E minha noite corre no êxtase.”.
Autor: Ibn Hazm, citado por Mansour Challita, p. 14.
e,
Ao oferecer a primeira guirlanda à sua amada, o homem primitivo transcendeu o bruto. Dessa forma, humanizou-se e se alçou acima das rudes necessidades da natureza Penetrou no reino da arte quando percebeu o sutil uso do inútil.
Autor: Kakuzo Okakura em seus “Livro do chá”, citado por Nuccio Ordine em A utilidade do Inútil – Um manifesto, tradução de Luiz Carlos Bombassaro, Zahar, Rio de Janeiro, 2016, p. 95.
e,
“Tudo já está nas enciclopédias e todas dizem as mesmas coisas. Nenhuma delas nos pode dar uma visão inédita do mundo. Por isso é que leio os poetas. Só com os poetas se pode aprender algo novo.”.
e,
“Mas para que interpretarem um poema? Um poema já é uma interpretação.”.
Os dois últimos poemas são da pena de Mario Quintana.