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MORALIZAÇÃO - Osório crê na saída de Jáder

O procurador da República no Amazonas

Osório Barbosa Sobrinho, 38, acredita que o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) não vai escapar das denúncias de envolvimento nos "escândalos" da Sudam e do Banpará. "O senador Antônio Carlos Magalhães (ex-presidente do Senado) era mais poderoso e saiu. É claro que as coisas vão devagar, mas ele vai sair também", prevê o procurador, que presidiu as investigações das irregularidades na aplicação do dinheiro do Fundo de Financiamento da Amazônia (Finam) por empresas do Amazonas, até viajar a São Paulo para fazer mestrado, no início deste ano.

Os desvios de recursos da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) representam um montante estimado pelo Governo Federal em R$ 1,8 bilhão, dos quais R$ 200 milhões no Amazonas, onde há 80 projetos com algum tipo de irregularidade. As investigações começaram em 1998 pelo Ministério Público Federal, no Pará e Tocantins e depois nos demais Estados da Amazônia. Mais tarde entraram também no caso a Receita Federal e a Polícia Federal.

 

No Amazonas a Polícia Federal já abriu 24 inquéritos, o primeiro dos quais é o do World Trade Center (WTC-Manaus), um megaempreendimento que deveria ter sido implantado na avenida Darcy Vargas, ao lado do Amazonas Shopping Center. A Sudam liberou R$ 15,3 milhões, para a obra que deveria ter sido concluída em outubro de 1997, mas no local existem apenas algumas placas corroídas pelo tempo.

Sobre a expectativa da sociedade com relação às ações do Ministério Público, Barbosa diz que há dificuldade de material humano. São 300 procuradores em todo o País. Há um concurso público nacional em andamento abrindo mais 300 vagas. 15 mil candidatos se inscreveram, mas na primeira prova passaram 300 e na segunda fase restaram só 38. O procurador diz que apesar da escassez de pessoal há boa vontade e muito trabalho para dar a resposta que a sociedade espera.

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