“A declaração do governador Nascimento, digo, Sérgio Cabral, de que favelas são fábricas de marginais e de que o aborto é necessário para conter a criminalidade, seria divertida se não fosse desastrosa. A maioria das pessoas que vive em favelas não é criminosa. E a fonte dessa idéia sobre o aborto é o best-seller Freakonomics, cuja consistência tende a zero. O combate ao crime e o controle de natalidade merecem melhor representante. Enquanto isso, a Justiça mantém sua longa tradição de livrar a cara dos ricos e poderosos, acatando a estratégia do deputado tucano da Paraíba, Ronaldo Cunha Lima, de renunciar para que o processo em que é acusado de homicídio volte à primeira instância e fique para o Dia de São Nunca. Por que Sérgio Cabral não chama o Judiciário ou o Congresso de fábrica de marginais? (Autor: Daniel Piza, em: http://www.danielpiza.com.br/interna.asp?texto=2251)
Osório diz: meu pai dizia: “o porco sabe o pau em que se coça”. Acrescento: “é fácil bater nos fracos, nos indefesos”.
Aliás, dizem até que “é fácil bater no povo, pois o povo não tem quem o defenda”, numa paráfrase a Carlos Drummond de Andrade que poetou: “é fácil falar em nome do povo, o povo não tem voz”.