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Aaron Swartz um homem que não existe!

 
Aaron Swartz   Swartz NoahBerger Reuters 600 credito
 
Lendo a matéria abaixo (“Suicídio reabre debate sobre informação na web”), tive que rever meus conceitos (e preconceitos) em relação à humanidade!
 
Num mundo em que tudo gira em torno do capital (ou do modo, não importando qual seja ele, de ganhá-lo) atitudes extremas como a de Aaron Swartz dão aquele “freio de arrumação” tão necessário para a vida em sociedade.
 
(No capitalismo o fim justifica os meios).
 
E a atitude se mostra ainda mais devastadora para alguns conceitos por ter partido de uma pessoa tão jovem! Embora, penso eu, somente os jovens tenham ideais, pois nós, velhos, já deixamos ou vendemos os nossos no meio do caminho!
 
Não sei se Aaron Swartz era judeu, mas, se era, sua atitude aumenta mais ainda o simbolismo de sua tragédia!
 
E qual era o moinho contra o qual de bateu Aaron? “Acesso gratuito a trabalhos acadêmicos”!
 
Isso mesmo, queria que “TODOS” tivéssemos acesso a trabalhos acadêmicos de maneira gratuita!
 
Ou seja, Aaron “foi se matado” por meros 10% (dez por cento), que é a porcentagem maior que cabe ao autor como Direitos Autorais!
 
Uma pena a morte precoce e consciente do jovem, mas um momento sublime de dação da própria vida em favor da humanidade e de sua melhora pelo conhecimento. Entretanto, que essa morte não seja apenas parte de futuras estatísticas do número de suicídios que ocorreram em 2013, pois Aaron não se suicidou, ele foi “suicidado”, mas seja dignificada pela lembrança e dívida que todos temos para com ele, dívida que pode ser minorada se tivermos a sua coragem para levarmos adiante sua luta em prol de todos nós!
 
Que a memória Aaron nos acompanhe sempre rumo à eternidade, pois ele já se fez eterno.
 
Até mais,
 
Osório
 
Suicídio reabre debate sobre informação na web
 
Aaron Swartz, que batalhou a vida toda pela abertura da internet, suicidou-se depois de ter sido acusado pelo governo dos EUA de baixar aquivos acadêmicos sem autorização
 
SÃO PAULO - Aaron Swartz, que batalhou a vida toda pela abertura da internet, suicidou-se na sexta-feira passada, depois de ter sido acusado pelo governo dos Estados Unidos de supostamente ter baixado 5 milhões de artigos acadêmicos sem autorização. Com a morte, no entanto, a causa ganhou um impulso maior.
 
Anteontem, centenas de pesquisadores postaram links para cópias gratuitas de trabalhos acadêmicos em um tributo a Swartz. Alguns defensores do acesso gratuito a trabalhos acadêmicos afirmam que o movimento pode ter chegado a um ponto culminante.
 
Primeiro de três filhos de Robert e Susan Swartz, Aaron começou a brincar com computadores aos três anos de idade. Escreveu seu primeiro programa antes de completar dez anos, tentando buscar uma solução para um quebra-cabeça sudoku.
 
A família Swartz teve acesso à web antes da maioria das pessoas e isso ajudou Aaron a ter uma ideia do valor do conhecimento. Essa visão ficou clara para ele aos 13 anos, quando ficou conhecido nos EUA por criar uma enciclopédia online anterior à Wikipedia.
 
Após rápidas passagens por duas universidades, Aaron ajudou a fundar o famoso site Reddit. Ele sempre pregou a liberdade de expressão e a gratuidade da informação na internet.
 
As revistas acadêmicas podem custar anualmente às bibliotecas universitárias centenas de dólares para cada título, enquanto cada artigo disponível online custa US$ 30 ou mais. Um serviço chamado JSTOR, que arquiva artigos mais antigos, pode custar a uma escola mais de US$ 50 mil ao ano.
 
Swartz defendia a gratuidade de acesso. Em 2010, segundo a procuradoria federal, Swartz decidiu atingir esse objetivo invadindo o servidor do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Ele teria baixado milhões de artigos de revistas especializadas do JSTOR.
 
A acusação do governo contra Swartz afirma que ele pretendia colocar esses artigos em sites de compartilhamento de arquivos. Mas seu advogado, Elliot Peters, nega a informação. Aaron ficou abatido com o caso. Entretanto, seu pai disse que o filho não estava assustado com a possibilidade de ser condenado a uma pena de prisão estimada em até 30 anos.
 
Segundo as autoridades, Swartz, 26 anos, enforcou-se na sexta-feira em seu apartamento em Nova York. O presidente do MIT, L. Rafael Reif, disse em nota que estava muito triste com o ocorrido. Na segunda-feira, a promotoria encerrou o caso.” (Fonte: OESP, 16.01.13).