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8 – Florescimento da Sofística (Grécia Clássica).

Sofística

(uma biografia do conhecimento)

 

8 – Florescimento da Sofística (Grécia Clássica).

 

Kerferd ensina:

 

Vivemos numa época de ceticismo e desconfiança, e às vezes parece que expressar admiração por alguma coisa ou alguém é se expor a acusações de ingenuidade ou desonestidade. Expressões tais como a glória da Grécia ou a grandeza da época de Péricles, em Atenas, não estão mais exatamente na moda. Também é suspeita a ideia de que a Grécia atingiu o seu mais alto ponto de cultura e civilização na segunda metade do século V a.C. e que a isso se seguiu um longo declínio, resultante acima de tudo do enfraquecimento de Atenas, depois da sua derrota na Guerra do Peloponeso. Apesar disso, é ainda legítimo expressar cautelosa aprovação das conquistas atenienses, na arte e na arquitetura, durante esse período. Da mesma forma, a literatura da época e, acima de tudo, as tragédias de Esquilo, Sófocles e Eurípides exercem uma infinda fascinação. A estatura de Tucídides como historiador não diminuiu em nada. O que é preciso é que se reconheça que os sofistas foram, com toda a probabilidade, parte não menos notável e importante do progresso da Atenas de Péricles – importantes por si mesmos e também na história da filosofia. Em vista da natureza do testemunho, essa opinião requer mais estudo para ser consolidada. Esperamos que o presente estudo possa ter feito algo para sugerir que, pelo menos no seu plano geral, essa opinião está correta.” (Fonte: O movimento sofista, G. B. Kerferd, tradução de Margarida Oliva, Loyola, São Paulo, 2003, p. 297-298).

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