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22.2 – O homem medida justificado por Aristóteles.

Sofística

(uma biografia do conhecimento)

 

22.2 – O homem medida justificado por Aristóteles.

 

É Barbara Cassin quem diz:

 

Enquanto relativismo consequente, o discurso de Protágoras se fenomenologiza a ponto de ser, como testemunha Aristóteles, simplesmente irrefutável:

Se tudo não é relativo, mas se algumas coisas são também elas mesmas nelas mesmas, tudo que aparece não pode ser verdadeiro. Com efeito, o que aparece aparece para alguém; de forma que aquele que diz que tudo o que aparece é verdadeiro torna todos os entes relativos a alguma coisa. É também por isso que aqueles que procuram a coação no discurso, mas que estimam ao mesmo tempo dever sustentar seu discurso, têm que tomar cuidado com o fato de que não é o que aparece que é, mas o que aparece para quem isso aparece, e quando, na proporção em que, da forma pela qual isso aparece" (1011a 17-24).

Dito de outra forma, em uma fenomenologia tão tirânica, as categorias aristotélicas tornam-se aquilo mesmo que, ao invés de servir para constituir o fenômeno em objeto, serve de operador à difração das aparições. (Fonte: Ensaios Sofísticos, Barbara Cassin, Tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão, Edições Siciliano, São Paulo, 1990, p. 232).

 

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