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45.43 – Protágoras não era cético.

Sofística

(uma biografia do conhecimento)

 

45.43 – Protágoras não era cético.

 

Doutrina Untersteiner:

 

Protágoras, uma vez descoberta a existência dos lógoi em conflito entre si, presentes em toda a realidade, sempre que se queira considerá-la abstratamente, transformou essa propriedade do mundo metafísico de desdobrar-se em opostos contraditórios em uma orientação para a discussão, vale dizer, deve ter demolido em discussões dialéticas, e com certo rigor sistemático, todos os principais conceitos criados pela razão, começando pelo problema de deus para depois passar aos outros. A discussão tinha por objetivo revelar "os lógoi em conflito" de cada conceito abstrato. Isso não implica ceticismo, mas tragédia do espírito, já que os "lógoi" são para Protágoras forma do inteligível, não o desenvolvimento deste, como depois Pirro saberá provocar. Visto que o espírito que conhece tinha de sofrer essa tragédia, ele tentou superá-la. [Osório diz: Protágoras não era cético]

Nota 97 O ceticismo, de fato, afirma que o transcendente é incognoscível; cf. A. Goedeckmeyer. Skept., p. 18, nota 0. Que Protágoras não deve ser colocado entre os céticos, é dito, por exemplo, por Gomperz Th. Pen., 280-2-81, Gomperz H., S.u.R, p. 281; D'amato. Prot., p. 85-86.

(Fonte: A obra dos sofistas: uma interpretação filosófica, Mario Untersteiner, tradução: Renato Ambrósio, Paulus, São Paulo, 2012, p. 75-76).

 

 

 

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