“Com as novas revelações da Polícia Federal a respeito do valerioduto mineiro, tramado na campanha de Eduardo Azeredo para o governo estadual, tucanos e petistas ficam sem saída. Os tucanos se comportam da mesma maneira que Lula – dizendo que foi “apenas” caixa 2 – ou então comparam um esquema com outro, já que no caso federal houve o mensalão, o pagamento a políticos aliados nos bancos de Marcos Valério, mas nada garante que não aconteceria o mesmo se Azeredo tivesse vencido a eleição. Os petistas, por sua vez, não podem insistir na tese de que não houve dinheiro público, pois o esquema mineiro deixa mais uma vez evidente que Valério vivia dele e só dele, por meio de licitações e outros canais. Se FHC disse que o esquema petista mostrava um tipo “sistêmico” de corrupção, agora o PT pode dizer o mesmo sobre o tucano. Acontece que, aí, estaria confessando: “Somos todos iguais, afundados na mesma lama.” O cidadão, esse não pode imaginar outra coisa. (Autor: Daniel Piza, em: http://www.danielpiza.com.br/interna.asp?texto=2239)
“Mas será que todos os romances não são autobiografias, que se eternizam e permanecem eternizando e fazendo permanecer seus autores e antagonistas?” Miguel de Unamuno (ver mais em: Antonio Gonçalves Filho, Estadão, Sabático, 19.09.11).
Osório diz: eu já tinha visto/ouvido tal frase (“os romances são autobiográficos”) ser atribuída a Jorge Luis Borges! Entretanto, parece que não é dele, e sim do espanhol acima citado, que, certamente, deve ter copiado de alguém, que copiou de alguém, que copiou de alguém e assim “ao infinito e além”, como diz Buzz Lightyear.
“E, por falar em tiranos, Pinochet morreu e ganhou estranhos comentários na imprensa brasileira, na linha “Melhorou a economia, mas”... A economia melhorou porque ele chamou a turma de Milton Friedman, que criou ferramentas monetárias e fiscais (como, no Brasil, Bulhões e Campos antes do milagre econômico do governo Médici), e depois quando se fez a reforma da Previdência e outras. Mas regimes autoritários, passado o surto dos primeiros anos, não conseguem sustentar desenvolvimento por muito tempo, e a prova está nas medidas tomadas já no período democrático para dar ao Chile a condição que tem hoje, apesar de problemas.
Pinochet, outro provinciano mimado, subintelectual e antimoderno, era um tirano completo. Se matou muito menos do que Mao, Stalin e outros, não foi menos execrável. Crueldade não cabe em números”. (Autor: Daniel Piza, em: http://www.danielpiza.com.br/interna.asp?texto=2130)
Osório diz: jornalista, quando quer, e pode, escreve muito bem!
“Passar da ansiedade juvenil diretamente para o conformismo adulto é perder o melhor da maturidade” (Autor: Daniel Piza, Estadão, 11.11.07).